Tuninho Junior - O Cárcere Sagrado

Canta todo povo preto, Babá
Hoje tem festa no terreiro, Saravá!
A justiça é de Xangô, kabecilê
A força de Ogum me faz vencer!

Santo tom da noite
Com sua licença, sou Dendê (sou Dendê)
O atabaque anuncia
Doçura divina encanto no ilê
Tenho a raça do dono da mata
Sabedoria do preto mais velho
Povo de Rua deixa girar
Anunciado o mal no destino
O preconceito fere a fé
Emudecendo o axé

Quebraram meu altar, calaram meu tambor
A Lágrima corre sarando a ferida
Resistindo a lei, meu peito sangrou
O sagrado é macumba de amor

Iaiá, mãe santa guerreira
Não cedeu jamais
À tirania de atos brutais
Grito de revolta
Basta! Minha crença é direito
Exijo respeito, sou comunidade
O porta-voz da Liberdade